A fala e a escrita são fundamentais e complementares, uma não compete com a outra. A escrita não é uma representação da fala, são distintas entre si, uma não significa a mesma coisa que a outra. A linguagem é composta por 90% de fala e 10% de escrita, fisicamente, a fala aproxima mais, mesmo sendo em oratória ou discurso, já a escrita resulta num certo afastamento. Dificilmente identifica-se a pessoa só pelo que ela escreve, agora apenas ouvindo, mesmo sem contato visual, deduz-se o sexo, a idade aproximada, a escolaridade, até a regionalidade dessa pessoa.
A fala é multimodal, fala-se com o corpo todo, através de gestos, expressões faciais, etc. Pode-se, até, falar algo e expressar outra coisa, (muitas vezes o contrário do que se está dizendo!). A escrita dispõe de peculiaridades para expressar melhor, como vírgulas, reticências, exclamações, parágrafos, e afins, a ausência desse, ou a repetição, mostra particularidades de quem escreve...
"Existe uma necessidade de repensar como ler na sociedade contemporânea.". Fora os tradicionais livros e jornais, hoje em dia há revistas, gibis, internet, entre outras formas de leitura. Pinturas religiosas, vitrais, esculturas, são verdadeiros livros didáticos. Há, também, placas de trânsito, pichações, comunicação visual, etc.
A missão da escola é ensinar a escrever, a fazer uso da língua, como com a oralidade, com o discurso, e não falar a língua, o idioma nativo... A língua não é, apenas, um conjunto de regras gramaticais, é um conjunto de práticas sociais, discursivas. O foco deve ser o uso da linguagem para aumentar a produtividade.
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