(In)Dependência

Generosidade vem de gene. O gene humano, quando transferido intencionalmente para outro, necessariamente com boa intenção, transforma-se em ação denominada: generosidade. Quando alguém tem muito conhecimento e começa a comunicar esse conhecimento de graça, dizem que é generoso. Quando tem muito e doa, é generoso.
Aqui tem muita experiência, e consciência, com textos positivos e informativos, com dicas e orientações para refletir, viver melhor, com mais qualidade e, inclusive, com informações para recuperação de dependentes químicos, tudo que tem a ver com o assunto aparece aqui.
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Autobiografia em cinco pequenos capítulos

                                                              
                     1                             
Caminho pela rua.
Há um profundo buraco na calçada.
Eu caio.Estou perdido.Desesperançado.
Não é minha culpa.
Levará uma eternidade até encontrar a saída.
                       2                                           
Caminho pela mesma rua.
Há um profundo buraco na calçada.
Eu finjo não vê-lo.Caio novamente.
Mal posso crer que cheguei no mesmo ponto.
Mas não é minha culpa.
Levará outra eternidade até encontrar a saída.
                        3                                         
Caminho pela mesma rua.
Há um profundo buraco na calçada.
Eu o vejo.Ainda caio...é um hábito...mas,
meus olhos estão abertos.Sei onde estou.
A culpa é minha.
Eu saio imediatamente.
                          4                                      
Caminho pela mesma rua.
Há um profundo buraco na calçada.
Eu desvio.
                          5                                       
Escolho outra rua.
              
                                      
- Portia Nelson     

Primeiro resumo acadêmico...


Perini. M. A. O adjetivo e o ornitorrinco. In.__ Sofrendo a Gramática: Ensaios sobre a linguagem. 3° ed. São Paulo: Ática, 1997.

     Utilizando como tema o dilema das classificações das palavras e citando o ornitorrinco como exemplo de dúvida na zoologia, entre ser mamífero ou réptil, o autor compara esse animal com a linguística e seus substantivos e adjetivos. Diz que é como se a classificação entre a classe dos adjetivos e a dos substantivos simplesmente não existisse e que, na realidade, reconhecemos uma palavra como pertencente à determinada classe, e aí atribuímos à essa classe as propriedades relevantes. Sendo assim, seria o falante quem aprende a reconhecer um verbo (bem definido, comparado com as outras classes gramaticais) e variando esses verbos em pessoa e em tempo, fazendo parte do nosso conhecimento implícito. Conclui citando que, entre substantivos e adjetivos, não se conseguiu, até hoje, uma definição que pareça, com clareza, cada classe e que são essas, uma única grande classe, dentro da qual cada uma se distingue em muitos tipos de comportamento gramatical. 

Palavras - chave: gramática, linguagem, dilema, classificação.

A paidéia

Resumo...

     As civilizações desenvolveram-se no norte da África e na Ásia, somente depois na Europa, com a Grécia e Roma. Caracteriza-se cinco períodos históricos na Grécia antiga: micênico, homérico arcaico, clássico e helenistico. A civilização micênica era formada principalmente por aristocracia militar com a cidade de micenas como destaque. Nos tempos homéricos destacavam-se os cantores que recitavam em praça pública. Como Homero e a Odisséia. No período arcaico a escrita deixou de ser sagrada, surgiu a moeda e as cidades-estado (pólei). "A filosofia é filha da cidade.". Já no Período clássico destacou-se as artes, a literatura e a filosofia. Nos séculos do período helenístico houve a decadência política com a invasão dos romanos e a fusão da tradição grega com a oriental.
     A educação começa com a formação integral e o surgimento das póleis, aparecendo as primeiras escolas. O chamado "ócio digno" significava ter tempo livre, privilégio daqueles que não precisavam cuidar da própria subsistência. Escola vem do grego "scholê" significando inicialmente "o lugar do ócio". A inversão total do pólo na educação (transformação física para espiritual) ocorreu por influência dos filósofos. A paidéia, que significa algo como civilização, cultura, tradição, literatura, educação, tudo de uma vez, abrangia a formação integral do ser humano. Poemas eram recitados de cor em praça pública e seu conteúdo oferecia os temas básicos de toda educação escolar. "Homero o educador da Grécia". A educação espartana constituía-se de formação militar e cuidados com corpo, já a educação ateniense formou a concepção do Estado onde surgiu a figura do cidadão e os pedagogos ("paidagogos" aquele que conduz a criança), também tinham a educação musical extremamente valorizada e aumentaram a exigência de uma melhor formação intelectual, escreviam em tabuinhas enceradas e os cálculos eram feitos com o auxílio dos dedos e do ábaco. Em Atenas surgiram os primeiros ginásios (do grego "gimnus ", nú) e os sofistas, "professores de sabedoria", iniciaram uma espécie de educação superior, também tornaram a medicina parte integrante da cultura geral. Se a saúde fazia parte do ideal grego de educação é preciso entender que ginastas e médicos concebiam a cultura física na sua dimensão espiritual.
     No período helenistico, paidéia torna-se "enciclopédia" que significa educação geral e é caracterizada pelas chamadas "sete artes liberais": gramática, retórica, dialética, aritmética, música, geometria e astronomia, acrescentando-se, depois, a filosofia e a teologia. Formou-se a Universidade de Atenas. No âmbito da pedagogia surgiram questões como: "O que é melhor ensinar?"  "Como é melhor ensinar?" e "Para que ensinar?", com Sócrates e os períodos da filosofia grega pré-socrático, socrático e pós-socrático, quando surgiu o método socrático onde pergunta-se, finge-se não saber para descobrir a própria ignorância e chegar na parte construtiva de conceber novas ideias. "Só sei que nada sei." "Conhece-te a ti mesmo." O saber é o diálogo. Nenhum conhecimento pode simplesmente ser dado, deve-se passar como condição para desenvolver a capacidade de pensar e chegar ao conhecimento de si mesmo. Os sofistas criaram a educação intelectual que se tornou independente da educação física e da musical, valorizaram a figura do professor e profissionalizaram a função. Platão, discípulo de Sócrates, disse que as ideias são mais reais que as próprias coisas, que o governo deve ser confiado aos mais sábios, que aprender é lembrar, que educar não é levar o conhecimento de fora para dentro, mas despertar no indivíduo o que ele já sabe. Já para Isócrates seria melhor contentar-se com a opinião razoável e, disseram, que ele "ensinou a Grécia a falar.". Depois, Aristóteles veio com uma teoria realista, que diz que as coisas podem ser compreendidas a partir das coisas mesmas e que o ser humano se distingue do animal pela capacidade de pensar e deve fazer exercício dessa atividade, entrando no campo da ética tendo em vista o bem para alcançar a felicidade, consistindo na plenitude da realização humana.
     Já no pós-socrático o estoicismo diz que o ser humano deve fugir do prazer ao buscar a felicidade e o epicurismo que a felicidade é a busca do prazer. Dos tempos heróicos até o helenismo, a educação passou por ênfase em habilidade militar, por predominância física e esportiva, até a prioridade em literatura e retórica, da pedagogia da essência até a pedagogia da existência.

#educação #pedagogia #história #filosofia

(História da Educação e da Pedagogia - Geral e Brasil, Cap. 3, Antiguidade grega: a paidéia)

Fala e escrita

     A fala e a escrita são fundamentais e complementares, uma não compete com a outra. A escrita não é uma representação da fala, são distintas entre si, uma não significa a mesma coisa que a outra. A linguagem é composta por 90% de fala e 10% de escrita, fisicamente, a fala aproxima mais, mesmo sendo em oratória ou discurso, já a escrita resulta num certo afastamento. Dificilmente identifica-se a pessoa só pelo que ela escreve, agora apenas ouvindo, mesmo sem contato visual, deduz-se o sexo, a idade aproximada, a escolaridade, até a regionalidade dessa pessoa.
     A fala é multimodal, fala-se com o corpo todo, através de gestos, expressões faciais, etc. Pode-se, até, falar algo e expressar outra coisa, (muitas vezes o contrário do que se está dizendo!). A escrita dispõe de peculiaridades para expressar melhor, como vírgulas, reticências, exclamações, parágrafos, e afins, a ausência desse, ou a repetição, mostra particularidades de quem escreve...
     "Existe uma necessidade de repensar como ler na sociedade contemporânea.". Fora os tradicionais livros e jornais, hoje em dia há revistas, gibis, internet, entre outras formas de leitura. Pinturas religiosas, vitrais, esculturas, são verdadeiros livros didáticos. Há, também, placas de trânsito, pichações, comunicação visual, etc.
     A missão da escola é ensinar a escrever, a fazer uso da língua, como com a oralidade, com o discurso, e não falar a língua, o idioma nativo... A língua não é, apenas, um conjunto de regras gramaticais, é um conjunto de práticas sociais, discursivas. O foco deve ser o uso da linguagem para aumentar a produtividade.