(In)Dependência

Generosidade vem de gene. O gene humano, quando transferido intencionalmente para outro, necessariamente com boa intenção, transforma-se em ação denominada: generosidade. Quando alguém tem muito conhecimento e começa a comunicar esse conhecimento de graça, dizem que é generoso. Quando tem muito e doa, é generoso.
Aqui tem muita experiência, e consciência, com textos positivos e informativos, com dicas e orientações para refletir, viver melhor, com mais qualidade e, inclusive, com informações para recuperação de dependentes químicos, tudo que tem a ver com o assunto aparece aqui.
No intuito de ajudar,uma generosa ajuda...

Para uma ajuda mais substancial clique aqui...

Invencível

 (...) No meio do ódio, descobri que havia, dentro de mim, um amor invencível. No meio das lágrimas, descobri que havia, dentro de mim, um sorriso invencível. No meio do caos, descobri que havia, dentro de mim, uma calma invencível. E, finalmente descobri, no meio de um inverno, que havia dentro de mim, um verão invencível. E isso faz-me feliz. Porque isso diz-me que não importa a força com que o mundo se atira contra mim, pois dentro de mim, há algo mais forte - algo melhor, empurrando de volta.


 (Albert Camus, In Núpcias, o Verão )

Via. Filosofia, Existencialismo e Ciência.


 Aqui cabe a parte do equilíbrio, onde Camus deveria, talvez ter divergido, para o assumir que temos esses dois lados todos, e então talvez também, devemos ter consciência disso, e fazer isso que ele sabiamente diz... 

Internet das coisas/pessoas


Não é por nada mas, até essa minha conta está sujeita ao que vou escrever agora. Já que a Google também está na politica de: assine para ter a sua memória, pague para nós termos acesso e pararmos de retirar de vc o que a gente deu. Daí você assina e eles retiram ainda mais.

 É assim que está sendo com toda Internet. Agora com a Meta por exemplo, estão fazendo piada até, não abrindo fotos, não permitindo editar informações de sites possíveis de serem comerciais, que abrimos dentro de seus domínios...

 Estamos vivendo a pior manipulação de todas, é preciso acordar! Despertar. Os governos já estão usando a Internet muito bem, já fazem o que Hitler bem mostrou em palco que se deve fazer, depenar o povo como se fosse uma galinha, jogar migalhas, e o povo galinha vem atrás. 

 Agora com a Internet, estão conseguindo fazer até pior, e não tem outra solução a não ser uma sociedade anônima de detentores do código. Assim será, quem domina, sobrevive, quem não, vai ser gado...

 O que vem a ser gado nesse caso? Bem né, essa pergunta já define o que vc é... Não se preocupe, tem quem escolha ser por opção própria...

Amor


Quando estamos juntos, e gostamos, o que sentimos é que as pequenas coisas que fazemos ficam muito prazerosas de serem feitas, e as coisas grandes, quando também feitas juntos, ultrapassa-se os limites do que eram grandes, se feitas sozinho(a)...
O amor, quando sentido com todos os sentidos, é algo que não diminui mais, não se acaba! Ao contrário de uma vela (uma vida? 🤷🏻‍♂️), que se extingue com o tempo, o amor não se acaba no organismo, pelo contrário até. Como o ódio é só outra face da mesma moeda, o que fazemos é tentar, ao máximo, não pensar sobre aquilo. E ao tentar não pensar, é que pode virar o lado da moeda... 

Pessoas inteligentes são mais nervosas?

Sim, naturalmente! Ser nervoso é algo como irritado, pavio curto. Nervoso! Nervos. Existem 4 tipos de tecidos, conjuntivo e epitelial, muscular e nervoso. Das células tem-se os tecidos, que fazem órgãos, sistemas e organismo! O cérebro, dito cujo responsável pela dita inteligência, é tido formado por tecido nervoso, que comanda a medula óssea, que movimenta os ossos e tudo mais (conjuntivos). Epitelial é a armadura, viva também, mas externa, unhas e cabelos, por exemplo, continuam crescendo, mesmo após a morte do organismo. Conjuntivo é osso, é duro e denso, estrutural. Músculos são elásticos unidos, quase como "macacos" hidráulicos, amortecedores, etc, (o potássio da banana os deixa lubrificados, mais elásticos, por isso evita o ressecamento, o rompimento, as famosas cãibras). Já os nervos são axônios, linhas nervosas, com neurônios em suas extremidades (algo como uma estrela tridimensional), vários desses, ligados um ao outro, formam os nervos, como o ciático por exemplo, que comandam o ser todo. Logo, e logicamente, é natural quem tem um funcionamento mais nervoso, do que muscular, ser mais inteligente. Ainda chegará o dia em que a humanidade perceberá que a genética tem tendências sim mas, o ser é que escolhe e define seu futuro na questão de ser mais forte ou mais inteligente, mais físico ou mais intelectual, enfim pergunte a uma criança: você será um astrônomo ou um astronauta? PS: Existem exercícios mentais e meditações, etc, que acalmam e evitam irritações, porém, nada é tão eficiente, para o ser intelectual, do que um bom exercício físico. É natural! ^^

- Thiago Lucas

Homo Zappiens

UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná
DAMAT – Departamento Acadêmico de Matemática
DEPED – Departamento de Educação
Curso de Licenciatura em Matemática
Disciplina: Educação e Tecnologia (optativa)
Aluno(a): Thiago Lucas Silva
Data: 04/07/18

Síntese dos 3 primeiros capítulos do livro Homo Zappiens, de Wim Veen e Ben Vrakking.

“Quando pela primeira vez apresentei o fenômeno do Homo zappiens como grande fator de mudança, ele já havia, em grande parte, entrado na educação infantil e no ensino fundamental.” (VEEN, 2009, p. 13).
A educação e ensino fariam uso da educação à distância, seus derivados com uso da tecnologia, as mídias digitais e suas variações (como ferramentas de ensino e aprendizage) de um jeito ou de outro, e iriam existir e acontecer mesmo sem a "criação" da termos como "educomunicação e cibercultura" já expostos anteriormente, inclusive do termo “Homozappiens”. Esses autores são expoentes no assunto mas, estão apenas dando nomes bonitos para partes de algo muito maior, a educação com uso da tecnologia, que iria ocorrer de qualquer maneira, naturalmente, mesmo sem a interferência desses expoentes. É isso que ocorre com o "Homo Zappiens" também, é como se todo autor quisesse “puxar a sardinha” pro seu lado. Quisesse ser o primeiro a marcar uma palavra nova, um termo exclusivo, que fique na história e seja lembrado como se fosse o idealizador de algo maior, que nem ele próprio consegue explicar, pois é algo que surgiu naturalmente, devido a evolução da tecnologia, comunicação e informação. A comunicação já é o quarto poder (legislativo, judiciário, executivo e “comunicativo”), e sintetiza tecnologia de ponta com informação manipulada. “Vemos este mundo que criamos, cuja interação global é rápida, por meio da mídia e da tecnologia da comunicação, e reconhecemos que não poderíamos sequer chegar perto de tal velocidade ou ter tanta informação se não dispuséssemos do que dispomos.” (p. 21). Assim compreendendo, os autores desses termos (educomunicação, cibercultura, “Homo zappiens”, etc) parecem querer, propositalmente e até deseperadamente, manipular a informação, alegando, em todos os casos, serem os autores dos termos e dos estudos nesse sentido.

“Silenciosamente, essa geração adotou a tecnologia e desenvolveu novas estratégias de aprendizagem e de vida. E essas estratégias diferem tanto das gerações anteriores que um novo ator está adentrando o palco da mudança educacional. (VEEN; VRAKKING, 2009, p. 13).

“Dizem que as coisas mudam com o tempo, mas é você que, na verdade, tem de mudá-las.” Andy Warhol.
“O que sabemos fazer, aprendemos fazendo.” Aristóteles.
“Ela sequer cogita ler as instruções.”. (p. 31). Sobre um pai ler o manual de instruções de um jogo enquanto o filho finaliza o jogo, que o pai comprou pra entreter o filho. Racionalismo contra o Empirismo. Pois o filho aprende na prática, fazendo uso de habilidades quase inatas, como a técnica manual no caso, enquanto o pai procura saber, antes, como desenvolver essa técnica...
“E apenas porque confiamos na tecnologia que baseamos grande parte de nossas interações nela.”( p.21).
E hoje, temos novas profissões, como os cientistas de dados, que exploram as propagandas direcionadas ao perfil de navegação de cada usuário da grande rede/teia mundial, a internet.

A nova geração, que aprendeu a lidar com novas tecnologias, está ingressando em nosso sistema educacional. Essa geração, que chamamos geração Homo zappiens, cresceu usando múltiplos recursos tecnológicos desde a infância: o controle remoto da televisão, o mouse do computador, o minidisc e, mais recentemente, o telefone celular, o iPod e o aparelho de mp3. O Homo zappiens é um processador ativo de informação, resolve problemas de maneira muito hábil, usando estratégias de jogo, e sabe se comunicar muito bem. (...) o Homo zappiens quer estar no controle daquilo com que se envolve e não tem paciência para ouvir um professor explicar o mundo de acordo com suas próprias convicções. Na verdade, o Homo zappiens é digital e a escola analógica. (VEEN; VRAKKING, 2009, p. 12).

Autores holandeses, país de primeiro mundo, rico, falando do próprio país como modelo a ser seguido e como exemplo de país com escolas ricas que podem tentar oferecer soluções para a educação dos “Homo zappiens”...

Respostas revolucionárias aparecem em países como a Holanda, em que um número pequeno, mas crescente, de pais não mais considera as escolas tradicionais uma escolha adequada para seus filhos. (VEEN; VRAKKING, 2009, p. 13).

"Em tempos de mudança, aqueles que aprenderem herdarão a Terra, enquanto aqueles que já aprenderam encontrar-se-ão esplendidamente equipados para lidar com um mundo que não mais existe." Eric Hoffer.
A indústria de jogos eletrônicos já é 40 vezes maior do que Hollywood, para exemplificar a importância desses jogos (positivamente citadas pelos autores), em comparação aos filmes hollywoodianos, etc, tão utilizados, inclusive por professores em geral. Uma possível resposta  (ou um caminho a a ser pesquisado para ) para melhorar a educação dos “Homozappiens”, talvez gire em torno do problema que a Alemanha teve e enfrentou. A Alemanha superou o problema de dez etnias diferentes (nazistas, comunistas, neosocialistas, capitalistas, etc.) que brigavam o tempo todo (após a derrubada do muro) com o investimento em esporte nas escolas. Dez etnias diferentes, em dez anos, tornaram-se duas, que brigam saudavelmente agora, pelos seus times de futebol do coração (Bayern de Munique e Borussia Dortmund). Inteligência coletiva e investimento pesado do governo, solucionou o problema das etnias na Alemanha e pode ser uma solução para as escolas ensinarem melhor os "Homo zappiens", conforme os holandeses do texto sugerem...
É preciso ter muita ciência quanto ao estudo das gerações, atualizar-se o máximo de tempo possível. “Lidar com o tempo e com  incerteza, com a mudança e o desenvolvimento está se tornando a atividade mais valorizada: essa atividade é a aprendizagem” (p. 24), e ter muita empatia para ensinar algo a esses tais “Homozappiens”...

O que mudou é como valorizamos os diferentes aspectos de nossas vidas. Já que não temos mais de nos preocupar com alimentação, vestuário e abrigo, passamos a valorizar o entretenimento, a criatividade e o status como algo mais importante. Se, contudo, observarmos várias nações da Africa, ainda poderemos ver comunidades inteiras cuja preocupação diária é a busca do alimento. (p.9).

“Passamos a entender melhor os fatores de produção, tais como as matérias-primas, o trabalho e o capital. O dinheiro em si tornou-se algo distante dos bens que representava.” (p. 22).
E o sal, que era um bem incomensurável e incomparável, devido à preservar a comida (como a carne) na inexistência de geladeiras, era o que passamos a considerar como salário...
 Esse Z de “zappiens”, deve ser por causa das gerações, geração Y, e, agora, geração Z. Aparentemente, os autores tentam passar a ideia de que a geração Y está de passagem, e a geração Z, está começando, a geração de “Homozapiens”, ao invés dos “tradicionais” homo sapiens...
"As crianças sabem que têm de ir à escola e fazer testes, mas a escola parece mais um lugar de encontro de amigos, um espaço social, do que um lugar para aprender.” (p. 32).
Sendo que é socialmente que se aprende!?! Que espécie de crítica será essa, feita pelos autores? Parece muito com uma forma de expressar antiquarismo!
Atualizar-se eternamente, é o que todos devemos fazer, instituições, professores, discentes, crianças, cidadãos, e adaptar-se sempre: conforme Legião Urbana escrevia em seus discos "força sempre", com a força sendo nossa capacidade de adaptação...

“Uma pesquisa nacional da MSN demonstrou que o número médio de conversas que as crianças têm ao mesmo tempo é de cerca de 10, e elas conseguem conversar abrindo e fechando telas, enquanto uma barra de ferramentas colorida alerta que há uma resposta esperando por eles.” (p. 31).

MSN nem existe mais, e isso demonstra o fato de que nossas próprias criações são incontroláveis. Imprevisível é o fato da propriedade caótica de nossas invenções ser latente no próprio fato de que criamos para ser assim mesmo, utilizável sem ter certeza do “para quê” criamos. O “savoir-faire“ (saber fazer) fica sobresaliente para o “para quê”...
 “- Atividade, controle e imersão.” (p. 39). É o caminho a seguir para manter a atenção dos jovens “Homozappiens”.
“Um dos maiores benefícios da tecnologia foi o de que a informação não é mais uma mercadoria rara. Está disponível para quase todas as pessoas em qualquer lugar do mundo e, mais importante, ao mesmo tempo.” (p. 56).

“(...) a informação na internet é caótica e qualquer pessoa pode escrever qualquer coisa on-line. (...) O problema da confiabilidade das fontes da internet é uma questão temporária. O que permanecerá do caos da internet é que nossas crianças aprenderão que a informação é abundante e que vem de muitas fontes diferentes, mesmo das não-confiáveis”. (p. 57).
A ordem e o caos, um não existe sem o outro, e a ordem aqui seria o sistema linear de aprendizado, sem considerar o aprendizado mais rápido que uma maneira caótica de aprender também pode proporcionar.
Na Terapia Ocupacional, por exemplo, o diagnóstico dos pacientes é feito da seguinte maneira: deixando o paciente fazendo a atividade manual (geralmente uma tarefa manual, mas pode ser uma tarefa física qualquer) e tentando um diálogo que exija raciocínio, se o paciente precisar parar a atividade para responder, o terapeuta pode fazer um diagnóstico, de acordo com o grau de dificuldade do racicínio exigido. O que enaltece (e defende) o ponto de vista dos autores, que afirmam que os “Homozappiens” fazem múltiplas coisas ao mesmo tempo.

Tentemos considerar essas tarefas por outro ângulo. Adotando um ponto de vista positivo sobre a questão, poderíamos defender a hipótese de que lidar com várias fontes de informação ao mesmo tempo é uma habilidade valiosa quando se tem de lidar com uma grande quantidade de informação. (p. 58).


“A consequência é que ele sabe processar informação descontínua e fazer um resumo conciso dos vários canais a que assiste.” (p. 62).
“Pode ser, mas o Homo zappiens parece pensar em estruturas de conceitos e na interrelação dos conceitos.” (p. 63).
“Em tais circunstâncias, não é ser superficial não se concentrar nos detalhes, pelo contrário, é fundamental não focar os detalhes para evitar perder-se na riqueza proporcionada pelas informações disponíveis.” (p. 63).
Não ater-se ao mikron, tentar manter-se, sempre, no makro. Para economizar tempo no aprendizado, esse é o perfil do “Homozappines” . O que ocorre é que a “leitura dinâmica”, e feita por tópicos, tornou-se, praticamnte, obrigatória nesse mundo de informação há um click de distância.
“Elas têm tanta prática na habilidade de buscar informações voltadas a objetivos específicos que desenvolveram a capacidade de usar uma variedade de palavras-chave para encontrar informações. Se uma palavra-chave não funcionar, tente outras três.” (p. 68).
‘Tentamos aqui fazer algumas conexões entre o comportamento do Homo zappiens e a aprendizagem, apresentando algumas das principais habilidades que as crianças parecem desenvolver ao usar as tecnologias de informação e comunicação.” (p. 70).
“Se a educação pudesse ter êxito em combinar o jogo e a aprendizagem, as escolas poderiam se tornar o lugar de encontro para as crianças, que hoje se sentem tão bem nos ambientes virtuais.” (p. 71).
Se a Educação puder combinar a realidade virtual, com a realidade de aprendizagem, as escolas poderão ser o lugar em que as crianças vão, com o memso objetivo de aprender mais, e mais rápido. Quase uma igreja (no sentido comunidade da palavra) voltada à capacitação, prosperidade, evolução, conhecimento...
Com o aparecimento do homem de ação, o vigor explosivo do movimento é embalsamado e confinado em instituições santificadas. O movimento religioso cristaliza-se em hierarquia e ritual; o movimento revolucionário, em órgãos de vigilância e administração; o movimento nacionalista, em instituições governamentais e patrióticas . O estabelecimento de uma igreja marca o fim do espírito reavivador; os órgãos de uma revolução triunfante liquidam a mentalidade e a técnica revolucionárias; as instituições governamentais de uma nação nova ou reavivada põem um fim à beligerância chauvinista. As instituições congelam o padrão de ação unida. Os membros do corpo coletivo institucionalizado devem agir como um só homem, mas precisam represep.tar uma agregação afrouxada e não uma coalisão espontânea . Precisam ser unificados apenas pela sua inquestionável lealdade às instituições. A espontaneidade é suspeita, e o dever é venerado acima da devoção. (HOFFER, 1968, p. 145)

 Referências:

VEEN, W.; VRAKKING, B. Homo Zappiens: educando na era digital. Trad. de Vinícius Figueira. Porto Alegre: Artmed, 2009.

HOFFER, Eric. Fanatismo e movimento de massa. Belo Horizonte: Lidador, 1968.

- Thiago Lucas

Inteligência implica em maldade?

 A involução humana no trânsito

 Neste artigo não vou falar das questões de trânsito, divagar em algum artigo sobre o tema ou mesmo mencionar qualquer palavra pertinente à direção defensiva. Quero falar sobre outro assunto, sobre algo maior, que nos move e nos diferencia do que é racional e irracional. Quero, e muitas vezes você também quer e já se fez esta pergunta, entender por que sofremos uma metamorfose sinistra quando assumimos a direção de um automóvel, um caminhão, ônibus e até mesmo uma motocicleta. O que acontece com nosso lado humano, que parece desaparecer e dar lugar ao instinto animal capaz de não enxergar o valor de uma vida e não respeitar quaisquer valores morais e éticos que regem uma sociedade?
 E eis que quando menciono o instinto animal, estou aqui fazendo uma grande injustiça, pois muitos são os animais que parecem demonstrar mais valor e sentido a estas palavras que nós, os soberanos homo sapiens. Os animais, de forma geral, são movidos por meros instintos de sobrevivência que os fazem viver cada dia de sua vida, como se fosse o último, sempre na busca de um lugar para se abrigar ou uma caça para se alimentar. Mas mesmo entre os animais, as sensações de afeto existem. Podemos observar estas sensações emanadas entre os elefantes. Estes  colossais animais fazem um barulho ensurdecedor, abanam suas enormes orelhas e dão voltas em torno de si. Parecem se conhecer. Quando um membro da manada está doente ou foi ferido por um caçador, eles acariciam a vítima, reconfortando-a, e cuidam dela até que se recupere. Protegem seus filhotes como uma mãe que carrega em seus braços seu bebê. Chimpanzés quando brincam emitem sons característicos de alegria. Cachorros latem de maneira a convidar outros cães a participar de brincadeiras. Ratos de laboratório, quando acariciados, emitem sons que os seres humanos não podem ouvir demonstrando alegria pelo afeto recebido.
 Eis então que são muitos animais que expressam sensações que antes considerávamos estritamente humanas. E se eles são capazes de expressarem estes sentimentos, em qual degrau da evolução encontra-se um motorista? Certamente abaixo dos animais considerados irracionais. E esta irracionalidade nos reduz a um vergonhoso degrau de involução onde nos exterminamos sem piedade. Onde o respeito pelo valor do outro se transforma em uma busca pelo poder e pelo status que nos possa diferenciar uns dos outros. Esta metamorfose nos leva a nos comportarmos como seres sem consciência que assumem um lado perverso traduzido no egoísmo e na falta de respeito por outrem.
 Estudarmos esta irracionalidade talvez seja o ponto de partida para mudarmos este cenário de individualismo sinistro que mata e mutila milhares de pessoas todos os anos em nossas ruas e estradas. Precisamos encontrar um equilíbrio entre a racionalidade e direção para que possamos oferecer aos nossos filhos um legado melhor do que vivemos atualmente. E talvez, dentro deste complexo tema, a resposta seja mais simples do que imaginamos e, de tão simples esta resposta se torna complexa. E com certeza não esteja neste presente que vivemos, pois estas mudanças precisam de tempo e devem começar no berço, em casa, no seio da família. Valores morais e éticos, ao contrário que muitos pensam, não começam na escola. Começam na educação de pai para filho. Começam nos pequenos exemplos de dignidade e respeito do pai, o maior espelho que o filho tem para sua vida. E são carregadas pelo resto da vida por nossos filhos, que também se tornam pais e renovam este ciclo de virtudes, que em algum momento de nossa história parece ter sido quebrado.
 Talvez não tenhamos como mudar nosso presente, já enraizado em nossas mentes e que delineia nossa geração. Mas seguramente podemos oferecer um futuro melhor a nossos filhos, através de pequenos gestos de gentileza, de respeito ao próximo e dignidade humana. Precisamos resgatar nossos valores perdidos e construir uma nova sociedade menos perversa e mais humana. E enquanto não buscamos este futuro mais humano e menos cruel no trânsito, temos que nos contentar em chorar nossas vítimas desta matança chamada trânsito brasileiro. Chorar nossos mortos ou transformar nossas vidas! Eis nosso dilema!

 - Ricardo José (Jornalista Revista Mundo Trânsito)

 Na minha opinião, é, justamente, a inteligência, o raciocínio, que nos torna malignos, egoístas. Somente depois, quando aprendemos e erramos bastante, é que nos tornamos sábios e conseguimos distinguir bondade e amor, aquém de nós mesmos... Animais como as águias, que comem esquilos vivos, etc, e têm os dois olhos voltados para a mesma direção, ou os grandes felinos, que também têm os olhos fixos, e comem as zebras entre outros, são considerados maus pela maioria, principalmente crianças ao ver eles alimentando-se... Isso não é desculpa para continuar sendo assim, e, sim, um aprendizado para adquirir sabedoria e amor ao próximo, a verdadeira inteligência!

- Thiago Lucas

Agnosticismo para justificar a não propagação da símio-evolução (pensamento postado em 29/04/2014 na rede social de Zuckerberg)

 No que você está pensando?

 Evolução!...

(Minha opinião quanto ao "racismo" falado atualmente e a discussão entre o homem ter ou não evoluído do macaco.)

 Ah, esses evolucionistas, sempre se achando mais do que Narciso, e sempre colocando os criacionistas como narcisistas! Não dá pra tentar uma união não? Na tentativa de um maior entendimento, uma maior colaboração, podiam todos juntar-se e retirar os pontos de contradições, afinando as concordâncias. Qual símio tem ausência de pelos, qual apresenta tal incidência de albinismo? Usamos nosso mindinho pra fazer arte tão fina que nem depende do polegar oposto, falamos tantas afinações, com apenas duas cordas vocais, que nem dentro de uma mesma nação é possível haver um só idioma, e, unindo ambos os pólos das citações anteriores, escrevemos, e guardamos os escritos, para um maior processamento com capacitação de continuidade. Isso é o pensar, o raciocínio profundo, branco e translúcido, pra diferenciar do cosmos negro e ainda mais escuro, que é muito semelhante as sinapses mentais microscópicas. O espaço é escuro e infinito em seus gigantismos, com o tempo estático e dilatado, enquanto nossa mente é clara e elétrica químio-quântica, com o tempo todo por acontecer e capaz de mudar em dimensões existenciais,  materiais, julgadoras, entre outras... Nenhum animal evolui mentalmente, a mente só é parte do corpo, organismo feito de células. Ao adquirir muitos e muitos conjuntos de aprendizados, conseguiu a intuição, a inteligência e desde sempre, a capacidade de perceber que é parte de algo maior, o espírito! E isso não tem nada a ver com macacos, somos feitos de pensamentos, uma consciência que tem esse corpo, que se parece muito com outro, como uma árvore e uma televisão, um maracujá e uma cerveja, um humano e um macaco,  retrospectivamente... A evolução e a religião devem juntar-se para explicar pra quem precisa que ninguém tem a resposta... Juntando-se e ajudando-se... ^^

- Thiago Lucas

A comida ainda será transportada em carro forte. ..

 Capitalismo selvagem... Isso é o que nossos homens primatas estão fazendo pra ganhar dinheiro... WMS, wall mart e sams club grupo, mercadorama, extra e pão de açúcar inclusos... Pra ganhar dinheiro, engordam a massa, enchem de sal, o sódio, (lembrando que salário vem de sal, pois quando não existia dinheiro trocava-se mão de obra por sacos de sal para trocar por mercadoria nas caravelas que o usavam para conservar, pois não existia geladeira), e industrializam tudo, até a hiperatividade infantil é por causa disso, gordura trans... A comida (?) ainda será transportada em carros forte, já que o dinheiro é transportado em carros blindados à paisana e encontra-se cada vez mais em plástico de cartões. Experimente disfarçar-se e sair pedindo, te dão celular, chip, mp3, pinga, cigarro, pó, roupa, carona, pouso, cannabis então, nem se fala. Agora comida, nunca, muito mais difícil, se não é competente para comprar comida, não merece ganhar, até a família já pensa assim hoje em dia, as geladeiras terão cadeado, comida é dinheiro, mercenários modernos são vendedores de comida, experimente comer fiado, agora abastecer o carro, aposto que consegue, comida = combustível humano... Titãs, homem primata e comida. WMS, evolução dos mercenários. Fila?!? Cadê as plantações? O gado já pisoteou toda a terra e carne, que nem presta, vai pra China e seu êxodo de agricultores de arroz para a metrópole... A comida ainda será transportada em carro forte! , e industrializam tudo, até a hiperatividade infantil é por causa disso, gordura trans... A comida (?) ainda será transportada em carros forte, já que o dinheiro é transportado em carros blindados à paisana e encontra-se cada vez mais em plástico de cartões. Experimente disfarçar-se e sair pedindo, te dão celular, chip, mp3, pinga, cigarro, pó, roupa, carona, pouso, cannabis então, nem se fala. Agora comida, nunca, muito mais difícil, se não é competente para comprar comida, não merece ganhar, até a família já pensa assim hoje em dia, as geladeiras terão cadeado, comida é dinheiro, mercenários modernos são vendedores de comida, experimente comer fiado, agora abastecer o carro, aposto que consegue, comida = combustível humano... Titãs, homem primata e comida. WMS, evolução dos mercenários. Fila?!? Cadê as plantações? O gado já pisoteou toda a terra e a carne, que nem presta, vai pra China e seu êxodo de agricultores de arroz para a metrópole... A comida ainda será transportada em carro forte! E teremos tubos de alimentação como dos astronautas...!!!
#desabafo #antisistema #anticapitalismo

Autobiografia em cinco pequenos capítulos

                                                              
                     1                             
Caminho pela rua.
Há um profundo buraco na calçada.
Eu caio.Estou perdido.Desesperançado.
Não é minha culpa.
Levará uma eternidade até encontrar a saída.
                       2                                           
Caminho pela mesma rua.
Há um profundo buraco na calçada.
Eu finjo não vê-lo.Caio novamente.
Mal posso crer que cheguei no mesmo ponto.
Mas não é minha culpa.
Levará outra eternidade até encontrar a saída.
                        3                                         
Caminho pela mesma rua.
Há um profundo buraco na calçada.
Eu o vejo.Ainda caio...é um hábito...mas,
meus olhos estão abertos.Sei onde estou.
A culpa é minha.
Eu saio imediatamente.
                          4                                      
Caminho pela mesma rua.
Há um profundo buraco na calçada.
Eu desvio.
                          5                                       
Escolho outra rua.
              
                                      
- Portia Nelson     

Primeiro resumo acadêmico...


Perini. M. A. O adjetivo e o ornitorrinco. In.__ Sofrendo a Gramática: Ensaios sobre a linguagem. 3° ed. São Paulo: Ática, 1997.

     Utilizando como tema o dilema das classificações das palavras e citando o ornitorrinco como exemplo de dúvida na zoologia, entre ser mamífero ou réptil, o autor compara esse animal com a linguística e seus substantivos e adjetivos. Diz que é como se a classificação entre a classe dos adjetivos e a dos substantivos simplesmente não existisse e que, na realidade, reconhecemos uma palavra como pertencente à determinada classe, e aí atribuímos à essa classe as propriedades relevantes. Sendo assim, seria o falante quem aprende a reconhecer um verbo (bem definido, comparado com as outras classes gramaticais) e variando esses verbos em pessoa e em tempo, fazendo parte do nosso conhecimento implícito. Conclui citando que, entre substantivos e adjetivos, não se conseguiu, até hoje, uma definição que pareça, com clareza, cada classe e que são essas, uma única grande classe, dentro da qual cada uma se distingue em muitos tipos de comportamento gramatical. 

Palavras - chave: gramática, linguagem, dilema, classificação.

A paidéia

Resumo...

     As civilizações desenvolveram-se no norte da África e na Ásia, somente depois na Europa, com a Grécia e Roma. Caracteriza-se cinco períodos históricos na Grécia antiga: micênico, homérico arcaico, clássico e helenistico. A civilização micênica era formada principalmente por aristocracia militar com a cidade de micenas como destaque. Nos tempos homéricos destacavam-se os cantores que recitavam em praça pública. Como Homero e a Odisséia. No período arcaico a escrita deixou de ser sagrada, surgiu a moeda e as cidades-estado (pólei). "A filosofia é filha da cidade.". Já no Período clássico destacou-se as artes, a literatura e a filosofia. Nos séculos do período helenístico houve a decadência política com a invasão dos romanos e a fusão da tradição grega com a oriental.
     A educação começa com a formação integral e o surgimento das póleis, aparecendo as primeiras escolas. O chamado "ócio digno" significava ter tempo livre, privilégio daqueles que não precisavam cuidar da própria subsistência. Escola vem do grego "scholê" significando inicialmente "o lugar do ócio". A inversão total do pólo na educação (transformação física para espiritual) ocorreu por influência dos filósofos. A paidéia, que significa algo como civilização, cultura, tradição, literatura, educação, tudo de uma vez, abrangia a formação integral do ser humano. Poemas eram recitados de cor em praça pública e seu conteúdo oferecia os temas básicos de toda educação escolar. "Homero o educador da Grécia". A educação espartana constituía-se de formação militar e cuidados com corpo, já a educação ateniense formou a concepção do Estado onde surgiu a figura do cidadão e os pedagogos ("paidagogos" aquele que conduz a criança), também tinham a educação musical extremamente valorizada e aumentaram a exigência de uma melhor formação intelectual, escreviam em tabuinhas enceradas e os cálculos eram feitos com o auxílio dos dedos e do ábaco. Em Atenas surgiram os primeiros ginásios (do grego "gimnus ", nú) e os sofistas, "professores de sabedoria", iniciaram uma espécie de educação superior, também tornaram a medicina parte integrante da cultura geral. Se a saúde fazia parte do ideal grego de educação é preciso entender que ginastas e médicos concebiam a cultura física na sua dimensão espiritual.
     No período helenistico, paidéia torna-se "enciclopédia" que significa educação geral e é caracterizada pelas chamadas "sete artes liberais": gramática, retórica, dialética, aritmética, música, geometria e astronomia, acrescentando-se, depois, a filosofia e a teologia. Formou-se a Universidade de Atenas. No âmbito da pedagogia surgiram questões como: "O que é melhor ensinar?"  "Como é melhor ensinar?" e "Para que ensinar?", com Sócrates e os períodos da filosofia grega pré-socrático, socrático e pós-socrático, quando surgiu o método socrático onde pergunta-se, finge-se não saber para descobrir a própria ignorância e chegar na parte construtiva de conceber novas ideias. "Só sei que nada sei." "Conhece-te a ti mesmo." O saber é o diálogo. Nenhum conhecimento pode simplesmente ser dado, deve-se passar como condição para desenvolver a capacidade de pensar e chegar ao conhecimento de si mesmo. Os sofistas criaram a educação intelectual que se tornou independente da educação física e da musical, valorizaram a figura do professor e profissionalizaram a função. Platão, discípulo de Sócrates, disse que as ideias são mais reais que as próprias coisas, que o governo deve ser confiado aos mais sábios, que aprender é lembrar, que educar não é levar o conhecimento de fora para dentro, mas despertar no indivíduo o que ele já sabe. Já para Isócrates seria melhor contentar-se com a opinião razoável e, disseram, que ele "ensinou a Grécia a falar.". Depois, Aristóteles veio com uma teoria realista, que diz que as coisas podem ser compreendidas a partir das coisas mesmas e que o ser humano se distingue do animal pela capacidade de pensar e deve fazer exercício dessa atividade, entrando no campo da ética tendo em vista o bem para alcançar a felicidade, consistindo na plenitude da realização humana.
     Já no pós-socrático o estoicismo diz que o ser humano deve fugir do prazer ao buscar a felicidade e o epicurismo que a felicidade é a busca do prazer. Dos tempos heróicos até o helenismo, a educação passou por ênfase em habilidade militar, por predominância física e esportiva, até a prioridade em literatura e retórica, da pedagogia da essência até a pedagogia da existência.

#educação #pedagogia #história #filosofia

(História da Educação e da Pedagogia - Geral e Brasil, Cap. 3, Antiguidade grega: a paidéia)

Fala e escrita

     A fala e a escrita são fundamentais e complementares, uma não compete com a outra. A escrita não é uma representação da fala, são distintas entre si, uma não significa a mesma coisa que a outra. A linguagem é composta por 90% de fala e 10% de escrita, fisicamente, a fala aproxima mais, mesmo sendo em oratória ou discurso, já a escrita resulta num certo afastamento. Dificilmente identifica-se a pessoa só pelo que ela escreve, agora apenas ouvindo, mesmo sem contato visual, deduz-se o sexo, a idade aproximada, a escolaridade, até a regionalidade dessa pessoa.
     A fala é multimodal, fala-se com o corpo todo, através de gestos, expressões faciais, etc. Pode-se, até, falar algo e expressar outra coisa, (muitas vezes o contrário do que se está dizendo!). A escrita dispõe de peculiaridades para expressar melhor, como vírgulas, reticências, exclamações, parágrafos, e afins, a ausência desse, ou a repetição, mostra particularidades de quem escreve...
     "Existe uma necessidade de repensar como ler na sociedade contemporânea.". Fora os tradicionais livros e jornais, hoje em dia há revistas, gibis, internet, entre outras formas de leitura. Pinturas religiosas, vitrais, esculturas, são verdadeiros livros didáticos. Há, também, placas de trânsito, pichações, comunicação visual, etc.
     A missão da escola é ensinar a escrever, a fazer uso da língua, como com a oralidade, com o discurso, e não falar a língua, o idioma nativo... A língua não é, apenas, um conjunto de regras gramaticais, é um conjunto de práticas sociais, discursivas. O foco deve ser o uso da linguagem para aumentar a produtividade.

O capitalismo exacerbado

     Desde que expandiu-se ao nível exorbitante que se encontra hoje, o capitalismo sempre dependeu de publicidade para obter maiores resultados, seja com os gritos na proa das caravelas de que o sal oferecido para troca pela mão de obra era melhor que os outros, seja com a propaganda direcionada ao perfil infantil nas redes sociais, valendo-se do uso do anime mais procurado pelo usuário no motor de busca, para venda de alimentos, muitas vezes prejudiciais, a publicidade comercial é o melhor caminho para vender mais e fazer girar a roda do capital.
     Nada deveria impedir o uso de criações, já voltadas para o comércio, com o objetivo de vender mais , mesmo que isso seja voltado para crianças (sem muita capacidade opinativa e facilmente manipulável). Isso mostra, apenas, que o capitalismo está fazendo uso de si mesmo, naturalmente. Pais defenderão resoluções, como a aprovada recentemente, a favor de um maior controle para esse tipo de publicidade, pois não querem seus filhos pedindo coisas que os impeçam de comprar, todo ano, um veículo novo. ONGs lutarão argumentando excesso de manipulação.
     A grande verdade é que o capitalismo é o que é, e vai continuar sendo, mesmo com essas medidas resolutivas surgindo, mais para equilibrar do que para resolver.

Não somos macacos

     Afiando o machado

     No Alasca, um esporte tradicional é cortar árvores. Há lenhadores famosos, com domínio, habilidade e energia no uso do machado. Querendo tornar-se também um grande lenhador, um jovem escutou falar do melhor de todos os lenhadores do país. Resolveu procurá-lo.
     - Quero ser seu discípulo. Quero aprender a cortar árvore como o senhor.
     O jovem empenhou-se no aprendizado das lições do mestre, e depois de algum tempo achou-se melhor que ele. Mais forte, mais ágil, mais jovem, venceria facilmente o velho lenhador. Desafiou o mestre para uma competição de oito horas, para ver qual dos dois cortaria mais árvores.
     O desafio foi aceito, e o jovem lenhador começou a cortar árvores com entusiasmo e vigor. Entre uma árvore e outra, olhava para o mestre, mas na maior parte das vezes o via sentado. O jovem voltava às suas árvores, certo da vitória, sentindo piedade pelo velho mestre.
     Quando terminou o dia, para grande surpresa do jovem, o velho mestre havia cortado muito mais árvores do que o seu desafiante.
     - Mas como é que pode? – surpreendeu-se. Quase todas as vezes em que olhei, você estava descansando!
     - Não, meu filho, eu não estava descansando. Estava afiando o machado. Foi por isso que você perdeu.
     Aprendizado é um processo que não tem fim. Sempre temos algo a aprender. O tempo utilizado para afiar o machado é recompensado valiosamente. O reforço no aprendizado, que dura a vida toda, é como afiar sempre o machado. Continue afiando o seu.
   
     - Lair Ribeiro, do livro: Comunicação Global




 


 






     Os cinco macacos

     Um grupo de cientistas colocou cinco macacos em uma jaula. No meio da jaula, uma escada, e, sobre ela, um cacho de bananas. Quando um macaco subia na escada para pegar as bananas, um jato de água fria era acionado em cima dos que estavam no chão.
     Depois de um certo tempo, quando um macaco ia subir a escada, os outros pegavam-no e enchiam-no de pancada. Com mais algum tempo, mais nenhum macaco subia a escada, apesar da tentação das bananas.
     Então, os cientistas substituíram um dos macacos por um novo. A primeira coisa que ele fez foi subir a escada, dela sendo retirado pelos outros, que o surraram. Depois de algumas surras, o novo integrante do grupo já não mais subia a escada.
     Um segundo macaco, veterano, foi substituído, e o mesmo ocorreu, tendo o primeiro substituto participado, com entusiasmo, na surra ao novato. Um terceiro foi trocado e o mesmo ocorreu. Um quarto e, afinal, o último dos veteranos, foram substituídos.
     Os cientistas, então, ficaram com um grupo de cinco macacos que, mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam batendo naquele que tentasse pegar as bananas. Se possível fosse perguntar a algum deles por que batiam em quem tentasse subir a escada, com certeza a resposta seria:
     - Não sei... mas as coisas sempre foram assim por aqui!

     -
   
     "E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus."
     Romanos 12.2





     Sorte ou azar

     Era uma vez um menino pobre que morava na China e estava sentado na calçada do lado de fora da sua casa. O que ele mais desejava era ter um cavalo, mas não tinha dinheiro. Justamente nesta dia passou em sua rua uma cavalaria, que levava um potrinho incapaz de acompanhar o grupo. O dono da cavalaria, sabendo do desejo do menino, perguntou se ele queria o cavalinho. Exultante o menino aceitou. Um vizinho, tomando conhecimento do ocorrido, disse ao pai do garoto: "Seu filho é de sorte!" "Por quê?", perguntou o pai. "Ora", disse ele, "seu filho queria um cavalo, passa uma cavalaria e ele ganha um potrinho. Não é uma sorte?" "Pode ser sorte ou pode ser azar!", comentou o pai.
     O menino cuidou do cavalo com todo zelo, mas um dia, já crescido, o animal fugiu. Desta vez, o vizinho diz: "Seu filho é azarento, hein? Ele ganha um potrinho, cuida dele até a fase adulta, e o potro foge!" "Pode ser sorte ou pode ser azar!", repetiu o pai.
     O tempo passa e um dia o cavalo volta com uma manada selvagem. O menino, agora um rapaz, consegue  cercá-los e fica com todos eles. Observa o vizinho: "Seu filho é de sorte! Ganha um potrinho, cria, ele foge e volta com um bando de cavalos selvagens." "Pode ser sorte ou pode ser azar!", responde novamente o pai. Mais tarde, o rapaz estava treinando um dos cavalos, quando cai e quebra a perna. Vem o vizinho: "Seu filho é de azar! o cavalo foge, volta com uma manada selvagem, o garoto vai treinar um deles e quebra a perna." "Pode ser sorte ou pode ser azar!", insiste o pai.
     Dias depois, o reino onde moravam declara guerra ao reino vizinho. Todos os jovens são convocados, menos o rapaz que estava com a perna quebrada. O vizinho: "Seu filho é de sorte..."
     Assim é na vida, tudo que acontece pode ser sorte ou azar. Depende do que vem depois. O que parece azar num momento, pode ser sorte no futuro.
   
     - Lair Ribeiro, do livro: O Sucesso não Ocorre por Acaso




     Atitude no trabalho
 
     Um estagiário estava saindo do escritório quando ele viu o presidente da empresa com um documento na mão em frente a máquina de “picotar” papéis.
     - Por favor – diz o presidente – Isto e muito importante pra mim, e minha secretária já saiu. Você sabe como funciona esta máquina?”
     - Lógico – responde o estagiário!
Imediatamente tira o papel das mãos do presidente, liga a máquina, enfia o documento e aperta um botão.
     - Excelente meu rapaz! Muito obrigado… Eu preciso de 02 cópias. Onde sai?
   
     MORAL DA HISTÓRIA:
     Executar não é tudo, pense, pergunte, analise...

     -


Parábolas



     A história do lápis

     O menino olhava a avó escrevendo uma carta. A certa altura, perguntou:
     - Você está escrevendo uma história que aconteceu conosco? E por acaso, é uma história sobre mim?
     A avó parou a carta, sorriu, e comentou com o neto:
     - Estou escrevendo sobre você, é verdade. Entretanto, mais importante do que as palavras é o lápis que estou usando. Gostaria que você fosse como ele, quando crescesse.
     O menino olhou para o lápis, intrigado, e não viu nada de especial.
     - Mas ele é igual a todos os lápis que vi em minha vida!
     - Tudo depende do modo como você olha as coisas. Há cinco qualidades nele que, se você conseguir mantê-las, será sempre uma pessoa em paz com o mundo.
     “Primeira qualidade: você pode fazer grandes coisas, mas não deve esquecer nunca que existe uma Mão que guia seus passos. Esta mão nós chamamos de Deus, e Ele deve sempre conduzi-lo em direção à Sua vontade”.
     “Segunda qualidade: de vez em quando eu preciso parar o que estou escrevendo, e usar o apontador. Isso faz com que o lápis sofra um pouco, mas no final, ele está mais afiado. Portanto, saiba suportar algumas dores, porque elas lhe farão ser uma pessoa melhor”.
     “Terceira qualidade: o lápis sempre permite que usemos uma borracha para apagar aquilo que estava errado. Entenda que corrigir uma coisa que fizemos não é necessariamente algo mau, mas algo importante para nos manter no caminho da justiça”.
     “Quarta qualidade: o que realmente importa no lápis não é a madeira ou sua forma exterior, mas o grafite que está dentro. Portanto, sempre cuide daquilo que acontece dentro de você”.
     “Finalmente, a quinta qualidade do lápis: ele sempre deixa uma marca. Da mesma maneira, saiba que tudo que você fizer na vida irá deixar traços, e procure ser consciente de cada ação”.

     - Paulo Coelho



     A parábola das moscas

     Certa vez, duas moscas caíram num copo de leite.
     A primeira era forte e valente. Assim, logo ao cair, nadou até a borda do copo. Como a superfície era muito lisa e suas asas estavam molhadas, porém, não conseguiu escapar. Acreditando que não havia saída, a mosca desanimou, parou de se debater e afundou.
     Sua companheira de infortúnio, apesar de não ser tão forte, era tenaz e, por isso, continuou a se debater e a lutar.
     Aos poucos com tanta agitação, o leite ao eu redor formou um pequeno nódulo de manteiga no qual ela subiu. Dali, conseguiu levantar vôo para longe.
     Tempos depois, a mosca tenaz, por descuido, novamente caiu num copo, desta vez cheio de água. Como pensou que já conhecia a solução daquele problema, começou a se debater na esperança de que, no devido tempo, se salvasse.
     Outra mosca, passando por ali e vendo a aflição da companheira de espécie, pousou na beira do copo e gritou:
     - Tem um canudo alí, suba nele!
     A mosca tenaz respondeu:
     "Pode deixar que eu sei como resolver este problema".
     E continuou a se debater mais e mais até que, exausta, afundou na água.
SOLUÇÕES DO PASSADO, EM CONTEXTOS DIFERENTES, PODEM TRANSFORMAR-SE EM PROBLEMAS. SE A SITUAÇÃO SE MODIFICOU, DÊ UM JEITO DE MUDAR.
     Quantos de nós, baseados em experiências anteriores, deixamos de observar as mudanças em redor e ficamos lutando inutilmente até afundar em nossa própria falta de visão?
     Criamos uma confiança equivocada e perdemos a oportunidade de repensar nossas experiências. Ficamos presos a velhos hábitos que nos levaram ao sucesso e perdemos a oportunidade de evoluir.
     É por isso que os japoneses dizem que na garupa do sucesso vem sempre o fracasso. Os dois estão tão próximos que a arrogância pelo sucesso pode levar à displicência que conduz ao fracasso.
    Os donos do futuro sabem reconhecer essas transformações e fazer as mudanças necessárias para acompanhar a nova situação.

     -



     O PASSARINHO E O VELHO CARVALHO

     Certa vez um canarinho pousou num velho carvalho e, lá do alto, perguntou para a árvore:
     - Porque você é assim, tão retorcido?
     - Você me acha feio? perguntou o carvalho.
     - Bem, não posso negar que já pousei em árvores mais bonitas... O que foi que houve com você?
     - Sou assim todo retorcido por causa das inúmeras tempestades e catástrofes que já enfrentei na vida. Cada uma delas deixou uma marca em mim.
     - Pobrezinho, lastimou o passarinho.
     - Não, passarinho, não fique com pena de mim. Foi bom eu ter passado as provações que passei, pois minhas raízes se aprofundaram e meu caule se fortaleceu. Hoje não é qualquer tempestade que me perturba.
     De repente, um tempestade violenta se formou e bateu com ímpeto naquela região. Árvores foram arrancadas, galhos se despedaçaram, mas o velho carvalho agüentou tudo com a solidez do ferro.
     Depois da tempestade, o passarinho, que havia se protegido no carvalho, agradeceu:
     - Obrigado meu amigo, pela acolhida e pela proteção. Realmente, suas raízes são profundas e o seu caule é firme. Sorte minha e de muitos outros pequeninos como eu, que não teriam condições de vencer sozinhos uma tempestade como essa!

     - Ronaldo Alves Franco

     "Foi-me bom ter sido afligido, para que aprendesse os teus estatutos."
     Salmo 119.71




     Solidariedade

     Há alguns anos, nas olimpíadas especiais de Seattle, nove participantes, todos com deficiência mental ou física, alinharam-se para a largada da corrida dos 100 metros rasos. Ao sinal, todos partiram, não exatamente em disparada, mas com vontade de dar o melhor de si, terminar a corrida e ganhar. Todos, com exceção de um garoto, que tropeçou no asfalto, caiu rolando e começou a chorar. Os outros oito ouviram o choro. Diminuíram o passo e olharam para trás. Então eles viraram e voltaram. Todos eles. Uma das meninas, com síndrome de Down, ajoelhou-se, deu um beijo no garoto e disse: — "Pronto, agora vai sarar". E todos os nove competidores deram os braços e andaram juntos até a linha de chegada. O estádio inteiro levantou e os aplausos duraram muitos minutos. E as pessoas que estavam ali, naquele dia, continuam repetindo essa história até hoje. Talvez os atletas fossem deficientes mentais... Mas, com certeza, não eram deficientes da sensibilidade... Por que?              Porque, lá no fundo, todos nós sabemos que o que importa nesta vida é mais do que ganhar sozinho. O que importa nesta vida é ajudar os outros a vencer, mesmo que isso signifique diminuir o passo e mudar de curso...

     -





     Deus vai me salvar...

     "Tinha um homem num barco e, de repente, no mar, o barco afundou, o homem achou um bote salva vidas e ficou esperando falando: -EU SEI QUE DEUS VAI ME AJUDAR!!! Então passou um barquinho e disseram: -Vem cá, sobe aqui e vamos embora, ele disse: -Não precisa, Deus vai me salvar!! Depois de um tempo passa um barco e o chama para que não ficasse no mar pra morrer e ele disse que não precisava, que Deus o salvaria! E mais um tempo depois passa um iate e falam pra ele subir, se não vai morrer pois estava vindo uma tempestade, e o cara diz a mesma coisa (-Não precisa, Deus vai me salvar.) Então ele morre e quando chega diante de Deus ele fala: - Senhor porque não me salvou? Eu fiz algo de errado?? Então Ele responde: -Eu três vezes mandei pessoas para te ajudar e você não quis, só porque não me vê ou não me escuta não quer dizer que eu não esteja agindo."

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Um velho ateu
Um bêbado cantor, poeta
Na madrugada cantava essa canção-seresta
Se eu fosse deus
A vida bem que melhorava
Se eu fosse deus
Daria aos que não têm nada
E toda janela fechava
Pros versos que aquele poeta cantava
Talvez por medo das palavras
De um velho de mãos desarmadas

A ilha de lixo


     Em meio ao oceano Pacífico, uma enorme camada flutuante de plástico, com proporções continentais, ameaça a vida de diversas espécies marinhas e coloca em risco a saúde do planeta. A descrição pode parecer sinopse de filme de ficção científica – destes que preveem os fins mais trágicos e apocalípticos para a humanidade –, mas a ilha de lixo, ou 7º continente, como também é chamada, apesar de pouco conhecida, é uma realidade assustadora e absurda que tem causado danos ao meio ambiente.
     A mancha de lixo, situada a meio caminho entre as costas da Califórnia e o Havaí, se estende por cerca de 1.000 Km e é formada por aproximadamente 4 milhões de toneladas de todo tipo de objeto plástico. São garrafas, embalagens, redes de pesca, sacolas e milhares de fragmentos de materiais que um dia já estiveram em terra firme, formando uma camada que atinge até 10 metros de profundidade em alguns pontos. Descoberta em 1997, pelo oceanógrafo americano Charles Moore, a ilha de lixo do Pacífico tem sido alvo de inúmeros estudos que visam analisar o impacto da poluição sobre a vida marinha.
O amontoado de lixo que se estende pelas águas do Pacífico é resultado do acúmulo de materiais despejados nas praias ou pelas embarcações em alto mar. Estima-se que das 100 milhões de toneladas de plástico produzidas em um ano, 10% acaba no mar. Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, existe, em média, cerca de 18 mil pedaços de plástico visíveis flutuando em cada quilômetro quadrado de mar. Arrastado pelas correntes marítimas, esse montante se acumula para formar o amontoado assustador, digno de superprodução apocalíptica hollywoodiana
     A ilha de lixo tem causado danos à vida marítima. Os resíduos flutuantes se prendem aos animais dificultando a locomoção e, muitas vezes, são confundidos com alimento pelos peixes e aves, provocando danos no sistema digestivo. Além disso, o material descartado também tem retornado à costa de algumas ilhas, comprometendo os cenários litorâneos e a vida de outras espécies. É o caso das Ilhas Midway, situadas entre o Havaí e Tóquio, que têm sofrido com a invasão do lixo, problema que foi retratado no documentário “Midway”, criado pelo fotógrafo americano Chris Jordan. 
Apesar de ameaçador, o problema não tem recebido grande atenção das autoridades. O principal motivo é que a placa flutuante de lixo se encontra em águas de pouca utilização, tanto para navegação comercial quanto para o turismo. Por enquanto, a situação tem preocupado apenas ecologistas e cientistas.

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Sobre o tempo...

Imagine que você tenha uma conta corrente e a cada manhã acorde com um saldo de 86.400 reais. Todas as noites o seu saldo é zerado, mesmo que você não tenha conseguido gastá-lo durante o dia. O que você faria?

Você iria gastar cada centavo, é claro!

Todos nós somos clientes desse banco de que estamos falando. Esse banco se chama tempo.

Todas as manhãs é creditado, para cada um, 86.400 segundos.

Todas as noites o saldo é debitado, como perda. Não é permitido acumular saldo para o dia seguinte. Todas as manhãs sua conta é reiniciada, e todas as noites as sobras do dia se evaporam.

Não há volta. Você precisa gastar vivendo no presente o seu depósito diário. Invista, então, no que for melhor para a saúde, a felicidade e o sucesso! O relógio está correndo. Faça o melhor para o seu dia-a-dia.

- Para você perceber o valor de um ano, pergunte a um estudante que repetiu na escola.

- Para que você perceba o valor de um mês, pergunte a uma mãe que teve seu bebê prematuro.

- Para você perceber o valor de uma semana, pergunte a um editor de um jornal semanal.

- Para você perceber o valor de uma hora, pergunte aos amantes que esperam para encontrar-se.

- Para você perceber o valor de um minuto, pergunte a uma pessoa que perdeu o trem.

- Para você perceber o valor de um segundo, pergunte a uma pessoa que conseguiu evitar um acidente.

Valorize cada momento que você tem! E valorize mais porque você deve dividi-lo com alguém, gastá-lo com alguém.

O passado é história, o futuro é um mistério, o agora é uma dádiva e por isso é chamado de mistério...

Lembre-se: o tempo não espera por ninguém...


Bebendo vinho como se fosse água (ou, porque existem tantos alcoólatras no mundo)

     Antigamente era difícil encontrar fontes com água realmente pura para consumo da população. O povo, em suas colônias, vilarejos, cidades, abria poços no chão, geralmente na região central, onde, consequentemente, construía-se uma praça ou algum monumento importante. Todas as pessoas, famílias, casas, eram abastecidas com água daquele local específico. Algumas tinham poços próprios, outras buscavam direto em fontes mais abundantes, até porque as civilizações desenvolviam-se, por pura necessidade, próximas de rios, (70% do organismo humano é composto de líquido não sobrevivendo mais que três dias sem água, e Mesopotâmia, a primeira "cidade" historicamente conhecida tem, em seu nome, o significado de "entre rios"). Enfim, a água potável era (e ainda é) tão importante quanto o alimento, e, talvez, até mais difícil de distribuir a toda a população aglomerada numa cidade.
     A importância da hidratação era tamanha que se desenvolveu, e muito, o cultivo de plantações que pudessem ser transformadas em líquido para "matar a sede" do povo. As principais plantações, nesse sentido, foram os parreirais de uva, que, esmagadas, viravam o famigerado vinho. Infelizmente, assim como a cerveja fabricada nos campos, o vinho fermentava e adquiria um alto teor alcoólico, o que para a massa não era um problema tão infeliz assim, afinal além de hidratar, ele anestesiava, entorpecia e inconscientizava todos que dele faziam uso para saciar a sede. Era dois por um, o povo ganhava e a produção aumentava.
     O grande problema era que antigamente não existia saneamento, nem mesmo o básico. O esgoto, nas cidades, era aberto. O banheiro era uma "casinha" com um buraco no chão, onde se acumulava tudo o que sobrava dos organismos das pessoas, das famílias, das casas. Fezes, urina, vômito, enchiam esses buracos que eram fechados com terra e encobertos após anos de uso, contaminando assim, todo o lençol freático, o subsolo das cidades. A água tornava-se mais perigosa do que o vinho.
     Quando os cidadãos procuravam o médico queixando-se de dores abdominais, vômitos, náuseas, o médico receitava o vinho no lugar da água, pois a água estaria contaminada, e o álcool ajudaria a matar os vermes, (é por isso que existe o costume de servir água e vinho nos restaurantes até hoje, com a "desculpa" de que a água tira o gosto de comida da boca para melhor degustação do vinho).
     Criou-se assim, uma cicatriz genética em toda a sociedade, onde alcoolizar-se é o mesmo que beber (o verbo tornou-se adjetivo). Saciar a sede com algo que não hidrata (pelo contrário, desidrata) é idolatrado e legal(izado). Passar mais da metade da vida amortecido, cozinhando, queimando de dentro pra fora por uma droga que faz o organismo criar resistência , causando dependência a ponto de gastar até o que não tem, é tão "normal" e social que gera uma receita absurda no sistema capitalista atual, patrocinando os grandes do esporte com suas arenas televisivas (iguais às lutas dos gladiadores nos coliseus da Grécia antiga), as grandes do carnaval (festa da carne) brasileiro, com seus camarotes e gente de pele (temporariamente) vermelha, sem stress, sem tensão, gente que se diz alcoólatra, que idolatra o álcool, e não alcoolista, que depende do álcool...
     O álcool é uma droga depressora/ opressora, que relaxa o tecido muscular deixando o tecido nervoso funcionando de acordo com o cérebro transformado pelo efeito dilatador que sobe do fígado, igual ao efeito bruxuleante do calor no asfalto quando o sol está escaldante, resultando, geralmente em violência, pois isso tudo incomoda o organismo sem ele ter consciência disso. Acaba cansando, sem ter força muscular, com apenas o sistema nervoso funcionando, entrando logo em seguida, em inconsciência e deitando (desmaiando), o que é pior, pois a gravidade se encarrega de uniformizar (espalhar) o efeito no organismo.    
     Lembrando que, quando perceberam isso tudo e tentaram proibir, gerando um dos primeiros casos de "pirataria" da história, todos tentaram enriquecer o próprio capital sem pagar impostos, obrigando o surgimento de uma histórica "lei seca" que quase culminou numa explosão “nuclear alcoólica”, pois o álcool é inflamável, e transportavam às escondidas e sem segurança. O caminho é a conscientização para o uso consciente. Chega de propaganda, marketing, manipulação através de mídia. O álcool é inflamável e pode gerar uma guerra!

     "A política sempre foi discutida por homens, e doses cavalares de álcool!"
      -Juscelino Kubitschek
    
     - Thiago Lucas